Artigo

Neste dia 25 de julho, comemoramos o dia da mulher negra, latino-americana e caribenha, uma data muito importante e significativa para as mulheres. Dia de Tereza de Benguela, dia de luta, resistência, e também dia de celebrarmos quem veio antes de nós e por nós.

Se perguntarem: "por que precisamos de um dia específico para a nossa luta?" Porque exigimos por mais igualdade de direitos, porque a mulher negra é quem mais sofre com violência de gênero, somos as principais vítimas de violência obstétrica, com salários mais baixos que a média e o maior número de mães solo.

Tiraram as correntes dos nossos pulsos, destruíram as senzalas, mas nos colocaram nas ruas, sem se importarem com a gente, sem nos dar os devidos cuidados, mudando de senhores, fomos vítimas dos senhores de engenho, barões, patrões e maridos. Já apanhamos no Pelourinho, no tronco, na rua, em nossos locais de trabalho e em nossas casas.

Cortaram nossa voz, abafaram nossos gritos, mas não conseguiram e nem conseguirão nos calar. Nosso clamor tem som, tem eco e tem cara, começamos com Tereza, Ruth, Ivone, e hoje somos muitas, cobrando da sociedade, do Estado, do Judiciário, não aceitaremos o silêncio, e sempre lutaremos para alcançar a vitória. Somos luta, somos amor, somos família, somos resistência, somos mães, somos filhas, enfim, somos mulheres.

Viva as mulheres negras, latino-americanas e caribenhas.
Greziele Matias de Paula Domingues - Auxiliar de Enfermagem e diretora SSPM